Teoria das placas tectônicas

 As placas tectônicas compõem a parte mais superficial do planeta, as placas tectônicas se localizam em cima do manto (que é um material não solidificado) gerando uma constante movimentação, que por sua vez acarreta a movimentação das placas.

     Movimentação das placas tectônicas

Convergente ou subducção  as placas se chocam e a parte mais densa mergulha na parte menos densa, a partir dessa movimentação ocorrem terremotos, vulcanismo e formação de montanhas.

Divergente   as placas se afastam abrindo uma fenda por onde  o magma extravasa , derrama resfria e solidifica tornando-se rocha, a partir dessa movimentação forma-se a dorsal  oceânica, causam vulcanismo e abalos sísmicos.

Transformantes ou conservativas as placas deslizam uma ao lado da outra, a partir dessa movimentação formam-se falhas.

  

Atualmente pondera-se a existência de 12 placas principais que podem se subdividir em placas menores. Elas são: Placa Eurasiática, Placa Indo-Australiana, Placa Filipina, Placa dos Cocos, Placa do Pacífico, Placa Norte-Americana, Placa Arábica, Placa de Nazca, Placa Sul-Americana, Placa Africana, Placa Antártica e Placa Caribeana.

Vegetação Brasileira

A vegetação se caracteriza como resultado da junção do clima e do relevo. Lembre-se sempre que é em função das condições climáticas que a vegetação de desenvolve. As vegetações apresentam características que se diferenciam entre elas como:

Grau de umidade

Halofitas=ambientes salgados

Xerófitas=clima árido semi-árido

Higrófitas=ambientes úmidos

Hidrófitas =dentro d'água

Folhas

Caducifólias= folhas caem em determinada estação

Perenifólias = sempre com folhas

Aciculifoliadas =forma de ponta

Latifoliadas com =folhas largas

Formação

Arbórea=  arvores de grande porte

Herbácea= vegetação de campos

Litorânea  =submetida a ação do mar

Arbustiva =arvores de pequeno e médio porte

Desértica  =vegetação descontinua

Variedade

Homogênea= predomínio de uma espécie

Heterogênea=varias espécies no mesmo ambiente  (floresta amazônica)

      No Brasil  temos uma rica diversidade de formações vegetais, entre elas:

Floresta Amazônica

Se localiza na região norte, apresenta clima equatorial úmido, possuem plantas perenifólias, mata fechada,ou seja densa, latifoliada e

heterogênea. Apresentam megadiversidade   são inúmeras espécies encontradas.

Ação antrópica

Expansão da agricultura e agropecuária;

Indústria madeireira e exportação de madeira;

Mineração;

Biopirataria retirada de espécies e materiais da floresta amazônica onde são enviadas para outros países desenvolve outros produtos para a serem vendidos;

Energia.

Mata dos Cocais

 A mata dos cocais é um tipo de vegetação brasileira de transição entre a caatinga e o cerrado.No extrato mais baixo da mata, encontramos diversas espécies de arbustos e vegetações de pequeno porte.As folhas das palmáceas caracterizam-se por serem grandes e finas.

Ação antrópica

O que tem colocado em risco a conservação da mata dos cocais é a ocupação agropecuária, pois retira a cobertura original para que o local seja ocupado por pastagens para a criação de gado e lavouras de monoculturas.

Caatinga

localiza-se na  região nordeste, apresenta clima semiárido com plantas de características :

xerófitas, Aciculifoliada  as plantas que praticamente não possuem folhas  e as que possuem folhas são folhas estreitas, plantas baixas troncos retorcidos casca grossa e raies profundas.

Ação antrópica

Pecuária agricultura e produção de carvão vegetal

Cerrado

Localiza-se na região centro oeste, apresenta clima tropical típico ou continental, apresenta plantas perenifólias, plantas baixas e esparsas e cascas grossas.

Ação antrópica

Pecuária e agricultura, produção de carvão vegetal, queimadas e construção civil.

Pantanal

Localiza-se no  Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Apresenta vegetação complexa e

heterogênea (matas ciliares, aguapés, arbustos, plantas rasteiras e árvores de pequeno, médio e grande porte). As principais espécies são: aroeira, ipê, angico, mandacaru, palmeiras, figueiras, orquídeas e buriti.

Mata Atlântica

Localiza-se na região litorânea, apresenta clima tropical úmido,com floresta densa  e com plantas:hidrófitas, latifoliada, perenifólias. Algumas da vegetações são endêmicas.

 Ação antrópica

Colonização exploração do pau brasil, urbanização,expansão da agricultura e pecuária,  indústria de madeiras e moveis, retirada de madeira para a produção de carvão mineral.

Pampas ou Campos

Os Campos caracterizam-se pela presença de uma vegetação rasteira (gramíneas) e pequenos arbustos distantes uns dos outros. Podemos encontrar esta formação vegetal em várias regiões do Brasil (sul do Mato Grosso do Sul, nordeste do Paraná, sul de Minas Gerais e norte do Maranhão), porém é no sul do Rio Grande do Sul, região conhecida como Pampas Gaúchos, que encontramos em maior extensão.Vegetação formada por gramíneas e arbustos e árvores de pequeno porte,não dependem de grande quantidade de chuvas.

Ação antrópica

A região dos Campos, principalmente no Rio Grande do Sul, é muito utilizada para a pastagem de gado. A pecuária é uma das principais atividades econômica nesta região.

Mata das Araucárias

Localiza-se na região sul, apresenta clima subtropical com floresta subtropicais de características:hidrófila, aciculifoliada, homogênea e caduca.

Ação antrópica

Pecuária e agricultura, construção civil e indústria de moveis. Infelizmente a vegetação corre um sério risco de entrar em extinção por causa da extração de madeira e  ocupação agropecuária.

Agentes Endógenos no Relevo

O relevo é constituído por  elementos transformantes  internos e externos.

Agentes Endógenos -são forças internas que agem no interior da terra modificando-a.

Agentes Exógenos –são forças externas que agem na superfície  da terra modificando-a.

A seguir veja tipos de agentes endógenos:

Endógenos

Tectonismo - se caracteriza pelo movimento das placas tectônicas através das correntes de convecção. Essa movimentação pode ser classificada em orogênese e epirogênese.

Orogênese -são movimentos de forma horizontal que dá origem a grandes cadeias montanhosas próximo à zona de dobramento da borda da placa menos densa.

Epirogênese-são movimentos de forma vertical de extensões das placas tectônicas.

  

Vulcanismo o magma expelido pelos vulcões na forma de lava está ligado as áreas de limite entre as placas tectônicas onde a pressão é maior e as fissuras são mais comuns. Quando esse magma atinge a superfície, que apresenta temperatura ambiente, ele solidifica-se e convertem-se em rochas, classificadas em ígneas extrusivas.

Os terremotos ou abalos sísmicos são movimentações da crosta terrestre causadas pela interação entre placas tectônicas. Eles promovem transformações no relevo costumam ocorrer em maior quantidade nas áreas de encontro entre duas placas.

Agentes Exógenos no Relevo

Forças exógenas

São agentes que moldam o relevo.Processo geológico que se realiza na superfície terrestre.

Interação de forças da natureza  que  envolve a atmosfera a hidrosfera e a litosfera;

Classificam-se como:

Intemperismo  se caracteriza como a ação que enfraquece e desgasta  a rocha.

Intemperismo químico-se caracteriza como a decomposição da base dos minerais presentes na rocha através  de fatores como a água.

Intemperismo físico-se caracteriza com a alteração do tamanho e forma das rochas  através da variação da temperatura( amplitude térmica)

Erosão -caracteriza-se como a destruição dos solo.

Retirada -através do intemperismo retira partículas de rochas.

Erosão eólica -o vento retira partículas de um determinado lugar para o outro

Erosão marinha -  causadas pelas ondas origem das falésias furnas

Erosão glacial  -causadas pelas geleiras ,a água em seu estado sólido expande  forçando as paredes das rochas, que por conseguinte irá  quebra-la  e assim quando o gelo retoma seu estado liquido leva embora as partículas de rochas. Assim forçando  as paredes das rochas quebrando-a e quando o gelo derrete leva embora as partículas de rochas.

Erosão fluvial -causada pela força dos rios retira grande quantidade de terra das margens  dos rios  levando para o fundo do leito rio, causando grande uma redução da profundidade do rio chamada assoreamento ou forma se um delta  onde o rio deposita várias quantidades de areia em  seu curso, gerando desvio do curso.

 Erosão pluvial- ocorre através das precipitações que retira sedimentos dos solos  e das rochas.

Tipos de relevo

 As irregularidades existentes no solo do nosso planeta são denominadas de relevo, são resultado da ação das forças exógenas, desgastando a estrutura do relevo. Esses processos produzem  uma enorme diversidade de formas estruturas e rochas na superfície basta analisar as diferentes paisagens.

Planalto  são áreas de altitudes variadas e limitadas área mais elevadas, caracterizados por forças erosivas por serem mais altos.

Planície apresentam-se como  uma área relativamente plana, geralmente próxima ao nível do mar. Caracterizada por processos de deposição de sedimentos que predominam sobre a erosão.

Depressão existem dois tipos de depressões:

Depressão absoluta- localizada abaixo do nível do mar.

Depressão relativa -áreas rebaixadas em relação ao seu entorno originadas por longos anos de erosão ou movimentos epirogenéticos.

Chapadas-formação geológica com altitude acima de 600 metros que possui uma porção plana na parte superior geralmente plana devido à erosão e onde sua altitude se diferencia da área ao redor.

Serras-superfícies acidentadas com fortes desníveis e topos aguçados, ou seja serras são um tipo de relevo acidentado com característica ondulada (uma parte alta seguida de outra num nível menor).

Montanhas- altitudes variáveis, formadas por tectonismo e vulcanismo formas pontiagudas s são relevos resultantes do movimento das placas tectônicas, do encontro entre duas placas que acaba elevando a superfície no decorrer de milhares de anos e formando as estruturas montanhosas.

Escarpa-é uma montanha inclinada conhecida como penhasco.

Colina,monte ou morro-é uma pequena elevação em um terreno de várias formas.

Vale-é uma depressão alongada que com o passar do tempo sofre transformações pela ação das águas dos rios.

Migrações inter-regionais

 As migrações inter-regionais são migrações que ocorrem dentro de um território nacional.No decorrer dos séculos ocorreram esse tipo de migração que serão caracterizados a seguir:

Século XVII – Ocorreu o deslocamento da população do litoral nordestino em direção ao Sertão e proximidades do Brasil Central por causa da pecuária extensiva. Esse movimento ajudou na interiorização do povoamento, até então restrito às regiões litorâneas. A pecuária, a princípio, tinha como objetivo atender às necessidades dos engenhos de cana. A necessidade de ampliar as fronteiras motivou a coroa portuguesa a explorar a atividade pecuarista para essa finalidade.

Século XVIII – mineração: Ocorreu o deslocamento da população do Nordeste e de São Paulo em direção à Região das Minas Gerais (Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais). A mineração iniciou a modificação da estrutura de ocupação do Brasil, até então concentrada no Nordeste brasileiro. Nesse momento, começou a constituição de uma área de repulsão (atual Região Nordeste) e uma área de atração (atual Região Sudeste).

Século XIX (principalmente na 2ª metade) : Com a atividade cafeeira: interiorização do estado de São Paulo (mineiros e baianos). Apesar da predominância das imigrações externas (italianos), ocorreu um grande movimento interno em direção ao estado de São Paulo. Alguns agricultores paulistas também migraram em direção ao norte do estado do Paraná.

Final do século XIX e início do século XX - Com o ciclo da borracha: nordestinos migraram em direção à Amazônia, em sua maioria retirantes do Sertão nordestino, principalmente do estado do Ceará. Após o declínio da borracha, muitos se dirigiram para o Sudeste.

Pós-Segunda Guerra Mundial -  Houve uma Concentração industrial: nordestinos em direção ao Sudeste e Sul, com destaque para os estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Esse movimento foi muito intenso, principalmente entre as décadas de 1960 e 1980. Os nordestinos constituíram a principal mão de obra para a construção civil e para os setores industriais que empregavam trabalhadores com menor qualificação. A falta de políticas públicas adequadas nas cidades do Sudeste, assim como por parte dos governantes nordestinos, que pouco ou nada fizeram para oferecer melhores condições de vida para a sua população, desencadeou uma série de problemas estruturais nas áreas urbanas e rurais do Sudeste.

Década de 1960 - Com  a  construção de Brasília: nordestinos migraram em direção ao Brasil Central. Formação da Zona Franca de Manaus e extrativismo mineral: nordestinos em direção à Amazônia. Projetos de colonização do Estado: nordestinos e agricultores sulistas em direção à Amazônia. Os governos militares incentivaram a colonização da região amazônica, tendo como fundamento a ocupação e proteção dos extremos do país.

Décadas de 1970 e 1980 – Fronteiras agropecuárias: fazendeiros da região Sul em direção ao Brasil Central. O Centro-Oeste tornou-se o novo celeiro agrícola do país, destacando-se a pecuária e a produção de grãos. A especulação agrícola supervalorizou as terras da região, provocando êxodo rural e pressionando as áreas de Cerrado.

Década de 1990 – Fronteiras agropecuárias: expansão das fronteiras do Brasil Central em direção à Amazônia. Com o crescimento do agronegócio, principalmente a soja, as monoculturas avançaram em direção à Região Norte, alcançando até mesmo o estado do Amapá.

Década de 2000 – Motivações socioeconômicas: migrações de retorno, principalmente de nordestinos. Apesar de o Sudeste continuar exercendo atração para a população de outras regiões, a precariedade nas condições de vida dos centros urbanos e a falta de oportunidades fizeram com que muitos imigrantes voltassem para os seus estados de origem, procurando evitar que mais uma geração fosse entregue à marginalidade e aos subempregos.  Juntamente a esse fator, pode ser acrescentado o crescimento econômico alcançado por alguns centros nordestinos. Além disso, o Censo 2010 apontou para o crescimento das cidades médias como sendo um dos principais fatores responsáveis pela atração de imigrantes, o que ajuda a explicar o saldo migratório negativo da Região Metropolitana de São Paulo. Ainda de acordo com o IBGE, apesar da continuidade dos fluxos migratórios inter-regionais, o volume das migrações entre as regiões brasileiras tem diminuído nos últimos anos.

Sugestões de filmes para a aula de Geografia

  Diversos recursos didáticos podem ser utilizados para um  melhor desempenho no processo ensino aprendizagem.Os filmes proporcionam aos discentes uma melhor aceitação de conteúdos.Os discentes tornam-se mais receptivos a novos conteúdos, desde que seja abordado de uma maneira mais atrativa e como consequência gera uma reflexão crítica dos fatos geográficos tornando os discentes mais abertos a debates..


Os Miseráveis (2012). A história se passa na França do século XIX entre duas grandes batalhas: a Batalha de Waterloo e os motins de junho de 1832.

Tempos Modernos (1936). Filme de Charles Chaplin que aborda a Revolução Industrial.

Diamante de sangue(2006) . A história se passa durante a guerra civil no final da década de 90.

O pianista (2002). A história se passa durante a segunda guerra mundial abordando o inicio do gueto de Varsóvia.

A vida é bela.(1999). Durante a segunda guerra mundial na Itália, o judeu Guido( Roberto Benigni) e seu filho Giosué são levados para u campo de concentração nzista